![]() | Catedral Nossa Senhora Aparecida Votuporanga-SP |
Primeiro papa agostiniano, é o segundo pontífice americano depois de Francisco, mas, ao contrário de Bergoglio, o estadunidense Robert Francis Prevost, de 69 anos, é originário do norte do continente. De fato, o novo bispo de Roma nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago, Illinois, filho de Louis Marius Prevost, de ascendência francesa e italiana, e de Mildred Martínez, de ascendência espanhola. Ele tem dois irmãos, Louis Martín e John Joseph.
Passou a infância e a adolescência com a família e estudou primeiro no Seminário Menor dos Padres Agostinianos e depois na Villanova University, na Pensilvânia, onde se formou em 1977 em Matemática e estudou Filosofia. Em 1º de setembro do mesmo ano, ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (OSA) em St. Louis, na província de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Chicago, e fez sua primeira profissão em 2 de setembro de 1978. Em 29 de agosto de 1981, emitiu seus votos solenes.
Estudou na Catholic Theological Union em Chicago, graduando-se em Teologia. Aos 27 anos, foi enviado por seus superiores a Roma para estudar Direito Canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum). Na Urbe, foi ordenado sacerdote em 19 de junho de 1982, no Colégio Agostiniano de Santa Mônica, por Dom Jean Jadot, pró-presidente do Pontifício Conselho para os Não Cristãos, hoje Dicastério para o Diálogo Inter-religioso.
Prevost obteve a licenciatura em 1984 e, no ano seguinte, enquanto preparava sua tese de doutorado, foi enviado para a missão agostiniana em Chulucanas, Piura, Peru (1985-1986). Em 1987 defendeu sua tese de doutorado sobre "O papel do prior local da Ordem de Santo Agostinho" e foi nomeado Diretor de Vocações e Diretor de Missões da Província Agostiniana "Mãe do Bom Conselho" em Olympia Fields, Illinois (EUA).
No ano seguinte, ingressou na missão de Trujillo, também no Peru, como diretor do projeto de formação comum para os aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Durante onze anos, ocupou os cargos de Prior da comunidade (1988-1992), Diretor de Formação (1988-1998) e formador dos professos (1992-1998) e na Arquidiocese de Trujillo foi Vigário Judicial (1989-1998) e Professor de Direito Canônico, Patrística e Moral no Seminário Maior “São Carlos e São Marcelo”. Ao mesmo tempo, também lhe foi confiado o cuidado pastoral de Nossa Senhora Mãe da Igreja, que mais tarde foi erigida como paróquia com o título de Santa Rita (1988-1999), na periferia pobre da cidade, e foi administrador paroquial de Nossa Senhora de Monserrat de 1992 a 1999.
Em 1999, foi eleito prior provincial da Província Agostiniana “Mãe do Bom Conselho” de Chicago, e dois anos e meio depois, no Capítulo Geral Ordinário da Ordem de Santo Agostinho, seus coirmãos o escolheram como prior geral, confirmando-o em 2007 para um segundo mandato.
Em outubro de 2013, retornou à sua província agostiniana, em Chicago, e foi diretor de formação no convento de Santo Agostinho, primeiro conselheiro e vigário provincial; cargos que ocupou até que o Papa Francisco o nomeou, em 3 de novembro de 2014, administrador apostólico da diocese peruana de Chiclayo, elevando-o à dignidade episcopal como bispo titular de Sufar. Ele entrou na diocese em 7 de novembro, na presença do Núncio Apostólico James Patrick Green, que o ordenou bispo pouco mais de um mês depois, em 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Catedral de Santa Maria.
O seu lema episcopal é “In Illo uno unum”, palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”.
Em 26 de setembro de 2015, foi nomeado bispo de Chiclayo pelo pontífice argentino e, em março de 2018, foi eleito segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana, na qual também foi membro do Conselho Econômico e presidente da Comissão de Cultura e Educação.
Em 2019, por decisão de Francisco, foi incluído entre os membros da Congregação para o Clero em 13 de julho de 2019 e, no ano seguinte, entre os membros da Congregação para os Bispos (21 de novembro). Nesse meio tempo, em 15 de abril de 2020, recebe a nomeação pontifícia também como administrador apostólico da diocese peruana de Callao.
Em 30 de janeiro de 2023, o Papa o chamou a Roma como Prefeito do Dicastério para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, promovendo-o a arcebispo. E no Consistório de 30 de setembro do mesmo ano, ele o criou e o tornou cardeal, atribuindo-lhe o diaconato de Santa Mônica. Prevost tomou posse em 28 de janeiro de 2024 e, como chefe do dicastério, participou das últimas viagens apostólicas do Papa Francisco e da primeira e segunda sessões da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, realizadas em Roma de 4 a 29 de outubro de 2023 e de 2 a 27 de outubro de 2024, respectivamente. Uma experiência em assembleias sinodais já adquirida no passado como Prior dos Agostinianos e representante da União dos Superiores Gerais (UGS).
Enquanto isso, em 4 de outubro de 2023, Francisco o incluiu entre os membros dos Dicastérios para a Evangelização, Seção para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas Particulares; para a Doutrina da Fé; para as Igrejas Orientais; para o Clero; para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; para a Cultura e a Educação; para os Textos Legislativos; da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano.
Finalmente, em 6 de fevereiro deste ano, ele foi promovido à ordem dos bispos pelo Pontífice argentino, obtendo o título de Igreja Suburbicária de Albano.
Durante a última hospitalização de seu predecessor no hospital ‘Gemelli’, Prevost presidiu o rosário pela saúde de Francisco em 3 de março na Praça São Pedro.
Fonte: texto e imagem extraídos de
Após a oração mariana do Regina Caeli, neste domingo, 11 de maio, o Papa Leão XIV dirigiu-se aos aproximadamente 100 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro com palavras de solidariedade e súplica, clamando pela paz nas regiões dilaceradas por guerras e violências. Em seu apelo, recordou os horrores da Segunda Guerra Mundial e pediu um compromisso renovado dos líderes mundiais em favor da paz:
“A imensa tragédia da Segunda Guerra Mundial terminou há 80 anos, em 8 de maio, depois de causar 60 milhões de vítimas. No atual cenário dramático de uma terceira guerra mundial em pedaços, como tantas vezes afirmou o Papa Francisco, também eu me dirijo aos poderosos do mundo, repetindo o apelo sempre atual: 'Nunca mais a guerra!'”
Com coração pastoral, o Papa manifestou proximidade especial a alguns territórios particularmente marcados por conflitos:
“Trago em meu coração os sofrimentos do amado povo ucraniano. Que se faça todo o possível para se alcançar, o quanto antes, uma paz autêntica, justa e duradoura. Que todos os prisioneiros sejam libertos e que as crianças possam retornar às suas famílias."
Em seguida, referindo-se à grave situação humanitária no Oriente Médio, o Santo Padre fez um pedido: “Dói-me profundamente o que acontece na Faixa de Gaza. Cesse imediatamente o fogo! Que seja prestado socorro humanitário à população civil exausta e que todos os reféns sejam libertos”.
Em contraste com as regiões ainda em conflito, Leao XIV manifestou esperança diante de recentes avanços diplomáticos no sul da Ásia: “Recebi com satisfação o anúncio do cessar-fogo entre Índia e Paquistão e espero que, por meio das próximas negociações, se possa em breve chegar a um acordo duradouro”. O Papa concluiu sua exortação confiando seus apelos à intercessão de Maria:
“Quantos outros conflitos existem no mundo! Confio à Rainha da Paz este apelo comovido, para que seja Ela a apresentá-lo ao Senhor Jesus, a fim de obtermos o milagre da paz.”
Antes de se despedir da multidão de peregrinos e turistas vindos de diversas partes do mundo, Leão XIV saudou com afeto os presentes na Praça São Pedro e fez questão de lembrar que hoje, na Itália e em outros países, celebra-se o Dia das Mães:
"Envio uma saudação carinhosa a todas as mães, com uma oração por elas e por aquelas que já estão no Céu. Feliz Dia das Mães!”
Após proferir os apelos e saudações, o Pontífice permaneceu no balcão central da Basílica de São Pedro por alguns minutos, retribuindo com acenos e sorriso o carinho e os aplausos dos fiéis, e desejou a todos “um bom domingo”.
Fonte: texto e imagens extraídos de https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-05/papa-leao-xiv-faz-apelo-veemente-pela-paz-regina-caeli-11-05-25.html
Na última quarta-feira de maio, 28 de maio, será realizada a tradicional Coroação da imagem da Bem-aventurada Virgem Maria pelos fiéis. A celebração será realizada durante a Santa Missa, às 19h00, na Catedral de Votuporanga.
É tradição dos devotos de Nossa Senhora finalizar o mês de maio com a cerimônia de Coroação de Nossa Senhora. Para o devoto, coroar Nossa Senhora é demonstrar que a reconhece como rainha. Rainha de um reino que não é o desse mundo, mas, sim, o reino sonhado por Deus para seus filhos e filhas.
Na história da vida humana de Jesus, Maria tem o papel fundamental. Seu "sim" sela a encarnação do Filho de Deus como homem e com sua aceitação ela demonstra que é possível uma pessoa fazer de sua vida uma constante escuta da vontade de Deus.
Estão abertas as inscrições para a Catequese Batismal para Pais e Padrinhos que será realizada no dia 01 de junho. O encontro tem início às 7h30 no Salão Paroquial e as inscrições devem ser feitas na Secretaria Paroquial. Mais informações pelo telefone: (17) 3421-6245 ou (17)98114-4841.
O Principal objetivo da Pastoral do Batismo é levar aos pais e padrinhos o conhecimento do que é o sacramento do Batismo e o compromisso que através dele se assume com Deus e com a comunidade. Demonstrar que este Sacramento não se resume apenas em cumprir um preceito: é necessário, portanto, vivenciar, testemunhar e ensinar filhos e afilhados a serem cristãos autênticos e fiéis seguidores de Jesus Cristo.
O Padre Gimar Antonio Fernandes Margotto emitiu uma mensagem por ocasião da eleição do Cardeal Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV:
Salve o Papa Leão XIV !
Acolhemos de coração aberto o Novo Pontífice da Igreja. Em oração, comunhão e fé saudamos Vossa Santidade o Papa Leão XIV como sucessor de Pedro.
Juntos construiremos pontes, buscando sempre o que nos une em favor da paz, da concórdia, da fraternidade e justiça social.
Cristo, Bom Pastor, inspirai o Papa Leão XIV, para que, em sua missão e vocação, seja sinal do vosso amor misericordioso e da vossa compaixão.
Padre Gilmar Antônio Fernandes Margotto
Catedral Nossa Senhora Aparecida de Votuporanga
Uma pergunta que muita gente está se fazendo agora é quais são os próximos passos após o novo Papa ser eleito pelo Colégio de Cardeais no Conclave. Parte das respostas estão expressas no Capítulo VII da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, publicada em 22 de fevereiro de 1996, pelo então Papa João Paulo II.
O Capítulo VII fala da “aceitação, proclamação e início do ministério do novo Pontífice”. Uma vez eleito, conforme estabelece o número 87, “o último dos Cardeais Diáconos chama para dentro do local da eleição o Secretário do Colégio dos Cardeais e o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias; em seguida, o Cardeal Decano, ou o primeiro dos Cardeais segundo a ordem e os anos de cardinalato” profere as perguntas ao eleito: Aceitas a tua eleição canônica para Sumo Pontífice? E, uma vez recebido o consenso, pergunta-lhe: Como queres ser chamado?
Um documento é escrito pelo Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, na função de Notário e tendo por testemunhas dois Cerimoniários, com a aceitação do novo Papa. Caso o eleito já seja bispo, após o aceite, se torna imediatamente o bispo da Igreja de Roma, verdadeiro Papa, cabeça do Colégio Episcopal e adquire o poder pleno e absoluto sobre a Igreja universal e em nome do qual pode exercê-lo. Caso o cardeal não seja bispo, a Carta Apostólica estabelece que seja imediatamente ordenado bispo.
O Conclave termina logo que o novo Sumo Pontífice eleito tiver dado o consenso à sua eleição, “a não ser que Ele determine diversamente”, como expresso na Universi Dominici Gregis. Desde esse momento, poderão encontrar-se com o novo Pontífice o substituto da Secretaria de Estado, o secretário para as Relações com os Estados, o prefeito da Casa Pontifícia, e qualquer outra pessoa que tenha de tratar com o Pontífice eleito coisas necessária para encaminhar.
Cerimônia de Inauguração: A cerimônia de inauguração do pontificado, que ocorre tipicamente em um domingo, inclui a celebração de uma missa solene na Praça de São Pedro. Durante essa missa, o Papa faz a profissão de fé e recebe o “Pálio”, um símbolo de sua autoridade como líder da Igreja. A primeira celebração de Francisco como Papa foi a Missa de início do seu pontificado na Basílica de São Pedro, a 13 de março de 2013, dia de São José.
O Pontífice, depois da solene cerimônia de inauguração do pontificado e dentro do espaço conveniente de tempo, tomará posse da Arquibasílica Patriarcal Lateranense, segundo o rito prescrito.
Rito de Investidura: O Papa é investido na função através da entrega do “Pálio” e do “Anel do Pescador”, que simboliza sua missão como pastor da Igreja.
Discurso Inicial: O novo Papa geralmente faz um discurso onde expressa suas intenções, visão e mensagem para os fiéis e o mundo.
“Ordo Rituum pro Ministerii Petrini Initio Romæ Episcopi” é o nome do Ritual que descreve os ritos e cerimônias que marcam o início do pontificado do Papa, ou seja, o início do seu serviço como Bispo de Roma e sucessor de São Pedro. Este ritual, visa expressar a fé da Igreja na natureza divina e no dom de Deus que é o ministério petrino.
O livro contém os textos litúrgicos utilizados nas celebrações presididas pelo novo Pontífice a partir do anúncio solene da Eleição até à visita à Basílica de Santa Maria Maior. O Ordo foi aprovado por Bento XVI, com o Rescrito Ex audientia Summi Pontifis, a 20 de Abril de 2005, no dia seguinte à sua eleição para Sumo Pontífice. O documento estabelece, por exemplo, que o rito de imposição do Pálio, assim como a entrega do anel de pescador, por exemplo, não são mais realizados dentro da liturgia da Missa, mas em um rito antes da mesma.
Essas cerimônias não apenas marcam o começo do pontificado, mas também simbolizam a continuidade da tradição da Igreja Católica e a missão do Papa em guiar a fé dos católicos.
No dia 2 de março de 1810 nascia na Itália Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci, que mais tarde se tornaria o Papa Leão XIII, uma das figuras mais influentes da história da Igreja Católica. Ordenado sacerdote aos 27 anos e nomeado arcebispo aos 33, foi eleito Papa em 1878, permanecendo no cargo até sua morte, em 1903, aos 93 anos.
Durante seus 25 anos de pontificado, Leão XIII destacou-se por sua intensa produção de documentos eclesiásticos, abordando temas diversos, entre eles o pensamento social da Igreja. Seu nome ficou marcado especialmente pela Encíclica Rerum Novarum, de 1891, que lançou as bases da Doutrina Social da Igreja e ainda hoje é referência em debates sobre justiça social e direitos dos trabalhadores.
Contudo, outro aspecto marcante de seu pontificado foi a ênfase na devoção ao Espírito Santo. Atendendo aos insistentes apelos de Elena Guerra — conhecida como “Apóstola do Espírito Santo” —, o Papa escreveu em 1897 a Encíclica Divinum Illud Munus, a primeira da Igreja dedicada exclusivamente à pessoa e missão do Espírito Santo. O documento instituiu oficialmente a novena de preparação para a Festa de Pentecostes, encorajando a oração, o culto e a reflexão sobre a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
Leão XIII também foi responsável por divulgar a Ladainha do Espírito Santo, ainda recitada por fiéis em todo o mundo. Outras de suas contribuições sobre o tema, como a breve Provida Matris Charitate e a carta apostólica Ad fovendum in christiano populo, ajudaram a impulsionar o que estudiosos chamam hoje de um “retorno ao Espírito Santo” na espiritualidade católica contemporânea.
Um dos gestos mais simbólicos de seu pontificado ocorreu na noite de 31 de dezembro de 1899, na passagem do século XIX para o XX. Durante uma solene celebração eucarística, Leão XIII entoou o hino Veni Creator Spiritus e consagrou o século XX ao Espírito Santo — um ato profético que, para muitos, antecipou eventos decisivos na vida da Igreja, como o Concílio Vaticano II e o surgimento da Renovação Carismática Católica.
Mais de um século após sua morte, o legado espiritual e pastoral de Leão XIII continua a ecoar entre os fiéis. Com sabedoria pastoral e sensibilidade às inspirações divinas, ele deixou marcas profundas na vida da Igreja, especialmente ao incentivar uma relação mais íntima com o Espírito Santo.
Em suas palavras na encíclica Divinum Illud Munus, Leão XIII expressou o desejo que continua a ressoar: “Resulte disso, como é nosso desejo ardente, que nas almas se reavive e se vigore a fé no augusto mistério da Trindade, e especialmente cresça a devoção ao divino Espírito, a quem de muito são devedores todos quanto seguem o caminho da verdade e da justiça.”
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou em Coletiva de Imprensa nesta quinta-feira, 8 de maio, a “Mensagem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, a Sua Santidade, o Papa Leão XIV”.
“O Brasil acolhe sua eleição com o coração aberto. Foram dias intensos de oração, em que todas as nossas comunidades se uniram para rezar pelo sufrágio da alma do Papa Francisco, e depois dos novemdiales, pelo Conclave, para que o Espírito Santo conduzisse o Colégio Cardinalício”, diz um trecho do documento.
A CNBB manifesta o desejo, inspirada em São José de Anchieta, em caminhar em comunhão com o novo Papa: “Queremos caminhar em comunhão com seu ministério, com espírito sinodal e missionário, para fazer da Igreja cada vez mais uma casa de portas abertas, onde todos se sintam acolhidos, amados e valorizados, especialmente os pobres”.
Confira, abaixo a íntegra da Mensagem da CNBB, em PDF (aqui):
Brasília-DF, 08 de maio de 2025
Mensagem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, a Sua Santidade, o Papa Leão XIV
Santo Padre,
Com profunda alegria e gratidão a Deus, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dirige-se a Vossa Santidade para expressar nossa saudação e nossa unidade pela sua eleição como Bispo de Roma, Sucessor de Pedro e Pastor Universal da Igreja.
O Brasil acolhe sua eleição com o coração aberto. Foram dias intensos de oração, em que todas as nossas comunidades se uniram para rezar pelo sufrágio da alma do Papa Francisco, e depois dos novemdiales, pelo Conclave, para que o Espírito Santo conduzisse o Colégio Cardinalício.
Inspirados pelo exemplo dos santos missionários que aqui plantaram as sementes da fé, como São José de Anchieta, queremos caminhar em comunhão com seu ministério, com espírito sinodal e missionário, para fazer da Igreja cada vez mais uma casa de portas abertas, onde todos se sintam acolhidos, amados e valorizados, especialmente os pobres. A luz do Espírito Santo guie constantemente suas decisões, fortaleça sua missão de ser sinal de unidade, amor e esperança para todos os povos, como verdadeiro pastor segundo o coração de Cristo.
Maria Santíssima, a Mãe Aparecida, proteja sua vida e seu ministério com seu manto de ternura e amor maternal.
Pedimos sua bênção para todo o povo brasileiro, e desde já, os bispos do Brasil se colocam à inteira disposição de seu pastoreio.
Em Jesus Cristo, Mestre, Pontífice e Bom Pastor.
Dom Jaime Cardeal Spengler
Arcebispo de Porto Alegre – RS
Presidente da CNBBDom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo de Goiânia – GO
Primeiro vice-presidente da CNBBDom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife – PE
Segundo vice-presidente da CNBBDom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB
Os cardeais reunidos no Conclave para a eleição do Sumo Pontífice escolheram o novo Papa da Igreja Católica no quarto escrutínio do Conclave. Por volta de 13h10 (no horário de Brasília) desta quinta-feira, 8 de maio, a fumaça branca apareceu na chaminé da Capela Sistina. Robert Francis Prevost, de 69 anos, religioso agostiniano, foi eleito sucessor de Pedro, o Papa de número 267. Ele escolheu como nome Leão XIV.
Emocionado e após um longo silêncio, contemplando a Praça São Pedro repleta de fiéis, o Papa Leão XIV saudou todo o mundo com a primeira saudação de Jesus ressuscitado aos seus discípulos: “a paz esteja convosco”. Ressaltando o desejo pela paz em várias ocasiões, o novo Papa salientou que “Deus ama a todos” e que “o mau não prevalecerá”, convidando os discípulos de Cristo a seguirem adiantes unidos, como uma Igreja que constrói pontes por meio do diálogo.
O cardeal Robert Francis Prevost, O.S.A., é o atual prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. Nascido em 14 de setembro de 1955 em Chicago, Illinois (Estados Unidos), ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (O.S.A.) em 1977, na província de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Saint Louis. Em 29 de agosto de 1981, professou seus votos solenes. Estudou Teologia na Catholic Theological Union de Chicago.
Aos 27 anos, foi enviado pela Ordem a Roma para cursar direito canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum), recebendo a ordenação sacerdotal em 19 de junho de 1982. Concluiu sua licenciatura em 1984 e, entre 1985 e 1986, atuou na missão de Chulucanas, em Piura, no Peru. Em 1987, obteve o doutorado com a tese “O papel do prior local na Ordem de Santo Agostinho”.
Ainda em 1987, foi nomeado diretor de vocações e das missões da província agostiniana “Mãe do Bom Conselho”, em Olympia Fields, Illinois. No ano seguinte, foi enviado à missão de Trujillo, Peru, onde liderou o projeto de formação conjunta dos aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Lá exerceu funções como prior da comunidade (1988-1992), diretor de formação (1988-1998) e formador dos professos (1992-1998). Também foi vigário judicial da arquidiocese de Trujillo (1989-1998) e professor de direito canônico, patrística e moral no Seminário Maior “San Carlos e San Marcelo”.
Em 1999, foi eleito prior provincial da província “Mãe do Bom Conselho”, em Chicago. Após dois anos e meio, foi eleito prior geral da Ordem de Santo Agostinho, cargo que ocupou por dois mandatos consecutivos até 2013.
Retornando à sua província em Chicago, passou a atuar como formador e vigário provincial até 3 de novembro de 2014, quando o Papa Francisco o nomeou administrador apostólico da diocese de Chiclayo, no Peru, conferindo-lhe a dignidade episcopal e designando-o para a sé titular de Sufar. Tomou posse canônica da diocese em 7 de novembro de 2014, e foi ordenado bispo em 12 de dezembro do mesmo ano, festa de Nossa Senhora de Guadalupe. Tornou-se bispo de Chiclayo em 26 de novembro de 2015. Em março de 2018, foi eleito segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana.
Em 2019, foi nomeado membro da Congregação para o Clero, e, em 2020, da Congregação para os Bispos. Em 15 de abril de 2020, foi designado administrador apostólico da diocese de Callao.
Em 30 de janeiro de 2023, o Papa Francisco o nomeou prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. Foi criado cardeal pelo Papa Francisco no consistório de 30 de setembro de 2023, recebendo o título da diaconia de Santa Mônica.
Atualmente, é membro dos seguintes dicastérios e organismos da Cúria Romana:
Neste ano, o então cardeal Prevost estava confirmado para pregar o retiro da 62ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que precisou ser adiada por conta do falecimento do Papa Francisco.
Antes, porém, em fevereiro, Prevost recebeu a Presidência da CNBB no Dicastério para os Bispos, durante a visita anual à Cúria Romana.
Após o anúncio do “Habemus Papam” pelo protociácono, cardeal Dominique Mamberti, o Papa Leão XIV foi apresentado ao mundo inteiro a partir da Sacada Central da Basílica de São Pedro às 19h22, no horário de Roma, 14h22, no horário de Brasília. Dali, dirigiu suas primeiras palavras – em italiano e espanhol – às cerca de 100 mil pessoas presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, e a todos que o seguiam pelos meios de comunicação. Ao final, concedeu a Indulgência Plenária.
Leia na íntegra as primeiras palavras do novo pontífice:
“A paz esteja com todos vocês!
Caríssimos irmãos e irmãs, esta é a primeira saudação de Cristo Ressuscitado, o Bom Pastor que deu a vida pelo rebanho de Deus. Eu também gostaria que esta saudação de paz entrasse em seus corações, chegasse às suas famílias, a todas as pessoas, onde quer que estejam, a todos os povos, a toda a terra. A paz esteja com vocês!
Esta é a paz de Cristo Ressuscitado, uma paz desarmada e uma paz desarmante, humilde e perseverante. Ela vem de Deus, Deus que nos ama a todos incondicionalmente. Ainda conservamos em nossos ouvidos aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do Papa Francisco que abençoava Roma!
O Papa que abençoava Roma concedia a sua bênção ao mundo, ao mundo inteiro, naquela manhã do dia de Páscoa. Permitam-me prosseguir com essa mesma bênção: Deus nos ama, Deus ama a todos vocês, e o mal não prevalecerá! Estamos todos nas mãos de Deus. Portanto, sem medo, unidos de mãos dadas com Deus e entre nós, sigamos em frente. Somos discípulos de Cristo. Cristo nos precede. O mundo precisa de sua luz. A humanidade precisa dele como ponte para ser alcançada por Deus e seu amor. Ajudai-nos também vós, e depois uns aos outros, a construir pontes, com o diálogo, com o encontro, unindo-nos a todos para sermos um só povo, sempre em paz. Obrigado, Papa Francisco!
Quero também agradecer a todos os meus irmãos cardeais que me escolheram para ser o Sucessor de Pedro e caminhar junto com vocês, como Igreja unida, sempre buscando a paz, a justiça, buscando sempre trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho, para sermos missionários.
Sou filho de Santo Agostinho, um agostiniano, que disse: “com vocês sou cristão e para vocês bispo”. Nesse sentido, podemos todos caminhar juntos rumo àquela pátria que Deus nos preparou.
À Igreja de Roma, uma saudação especial! [Aplausos] Devemos buscar juntos como ser uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes, dialoga, sempre aberta para receber como esta praça com os braços abertos. A todos, a todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do diálogo e do amor.
(em espanhol)
Y si me permiten también, una palabra, un saludo a todos aquellos y en modo particular a mi querida diócesis de Chiclayo, en el Perú, donde un pueblo fiel ha acompañado a su obispo, ha compartido su fe y ha dado tanto, tanto para seguir siendo Iglesia fiel de Jesucristo.
[Tradução: E se também me permitem, uma palavra, uma saudação a todos aqueles, e em particular à minha querida Diocese de Chiclayo, no Peru, onde um povo fiel acompanhou seu bispo, compartilhou sua fé e deu muito, muito para continuar sendo Igreja fiel de Jesus Cristo.]
A todos vocês, irmãos e irmãs de Roma, da Itália, do mundo inteiro, queremos ser uma Igreja sinodal, uma Igreja que caminha, uma Igreja que sempre busca a paz, que sempre busca a caridade, que sempre busca estar próxima, especialmente daqueles que sofrem.
Hoje é o dia da Súplica a Nossa Senhora de Pompeia. Nossa Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar próxima, ajudar-nos com sua intercessão e seu amor.
Por isso, gostaria de rezar junto com vocês. Rezemos juntos por esta nova missão, por toda a Igreja, pela paz no mundo e peçamos esta graça especial a Maria, nossa Mãe.”
Por Vatican News | Foto: Vatican Media
Por alguns dias, a Capela Sistina se abre ao olhar da história e se fecha aos olhos do mundo. A partir do dia 7 de maio próximo, os cardeais eleitores são chamados a eleger o Pontífice. O Conclave, agora iminente, é o septuagésimo sexto na história da Igreja; o vigésimo sexto realizado sob os auspícios do Juízo Final de Michelangelo.
O termo Conclave, que deriva do latim “cum-clave”, referia-se a um espaço reservado na casa, precisamente “fechado a chave”. Na linguagem da Igreja, é usado para indicar tanto o local fechado onde se realiza a eleição do Pontífice quanto o conjunto do Colégio Cardinalício chamado a eleger o novo Papa.
O que está prestes a se iniciar é o septuagésimo sexto Conclave, estruturado na forma que conhecemos hoje, partindo do que foi estabelecido por Gregório X em 1274. No período anterior a essa data, falava-se simplesmente da eleição do Pontífice. Durante os primeiros 1.200 anos, aproximadamente, da história da Igreja, o Sucessor de Pedro, como Bispo de Roma, era de fato eleito com o envolvimento da comunidade local. O clero examinava os candidatos propostos pelos fiéis e o Papa era escolhido pelos bispos. Do século IV ao XI, a eleição também foi marcada pela questão das influências externas: imperadores romanos, carolíngios e outros tentaram de várias maneiras controlar o processo de designação do Pontífice.
Ao longo dos séculos, sucederam-se mudanças que moldaram a estrutura do Conclave até o atual. O primeiro a intervir, nesse sentido, foi o Papa Nicolau II, em 1059, com a bula “In nomine Domini”. Nesse documento, estabeleceu-se, em particular, que somente os cardeais poderiam eleger o Romano Pontífice. Essa bula foi definitivamente ratificada pela Constituição Licet de vitanda, promulgada por Alexandre III em 1179. Ela introduziu a necessidade da maioria de dois terços dos votos, um elemento importante da eleição do Papa que chegou até os dias atuais.
Em 1268, realizou-se um capítulo descrito por muitas fontes históricas. Dezoito cardeais se reuniram no Palácio Papal de Viterbo para eleger o Papa. Foi o “Conclave” mais longo da história. O Papa foi eleito após dois anos e nove meses. Eram tempos difíceis. Durante esse longo período, a população de Viterbo, exasperada, decidiu trancar os cardeais no Palácio. As portas foram fechadas com tijolos e o telhado removido. Por fim, Gregório X, arquidiácono de Liège, que na época se encontrava na Terra Santa, foi eleito. Em 1274, ele promulgou a Constituição Ubi periculum, que instituiu oficialmente o Conclave. Entre outras coisas, estabeleceu-se que ele deveria ser realizado num local precisamente “fechado a chave” por dentro e por fora.
De acordo com essas disposições, o primeiro Conclave da história, após a promulgação da Constituição Ubi periculum, foi o de Arezzo, em 1276, com a eleição de Inocêncio V. Em 1621, Gregório XV introduziu a obrigação do voto secreto e escrito. Em 1904, Pio X proibiu o suposto direito de exclusividade, sob qualquer forma. Também foi introduzida a obrigação de sigilo sobre o que acontecia no Conclave, mesmo após a eleição, e a regra de manter a documentação disponível apenas ao Papa.
Após a guerra, em 1945, Pio XII promulgou a Constituição “Vacantis Apostolicae Sedis”, que introduziu algumas inovações. Em particular, a partir do início da Sede Vacante, todos os cardeais – incluindo o Secretário de Estado e os prefeitos das Congregações – cessam seus cargos, com exceção do Camerlengo, do Penitencieiro e do Vigário de Roma. Com o Motu Proprio ‘Ingravescentem Aetatem’, Paulo VI decidiu então que os cardeais poderiam ser eleitores apenas até completarem 80 anos.
A legislação atualmente em vigor para a eleição do Pontífice é a ‘Universi Dominici Gregis‘, promulgada por João Paulo II em 1996 e modificada por Bento XVI em 2013. Ela estabelece, entre outras coisas, que o Conclave deve ser realizado na Capela Sistina, definida como Via Pulchritudinis, o caminho da beleza capaz de guiar a mente e o coração em direção ao Eterno. O Motu Proprio de Bento XVI, De Aliquibus Mutationibus in Normis de Electione Romani Pontificis, também prevê que, após 34 escrutínios em que não tenha ocorrido eleição, os cardeais sejam chamados a votar nos dois nomes que receberam mais votos no último escrutínio, mantendo-se, no entanto, mesmo no segundo turno, a regra da maioria de dois terços, necessária para eleger o novo pastor da Igreja universal.
São, portanto, os afrescos de Michelangelo que velam pela eleição do Romano Pontífice. Na Capela Sistina, um novo capítulo na história da Igreja está prestes a se abrir. Os olhos e as esperanças do mundo estão voltados para esta “Via Pulchritudinis”, que permanece fechada para o Conclave, aguardando para vislumbrar o rosto do novo Bispo de Roma e para conhecer o nome do 267º Sucessor de Pedro.
A uma semana para o início do Conclave que elegerá o 267º Papa da Igreja Católica Apostólica Romana, o Colégio Cardinalício fez um convite a toda a Igreja para que sustente os cardeais pela oração. O convite do Colégio de Cardeais é para “viver este momento eclesial como um acontecimento de graça e discernimento espiritual, na escuta da Vontade de Deus”.
“Os Cardeais, conscientes da responsabilidade a que são chamados, reconhecem a necessidade de serem sustentados pela oração de todos os fiéis. Esta é a verdadeira força que, na Igreja, favorece a unidade de todos os membros no único Corpo de Cristo (cf. 1 Cor 12, 12)”.
Eles continuam recordando a “grandeza desta iminente tarefa e das urgências do tempo presente”, ressaltando a necessidade de que sejam “instrumentos humildes da infinita Sabedoria e Providência do Pai Celeste, na docilidade à ação do Espírito Santo”.
“Que Nossa Senhora, com a sua intercessão maternal, acompanhe esta comum invocação”.
Fonte: texto e imagens extraídos de https://www.cnbb.org.br/conclave-cardeais-pedem-oracao-igreja/
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta quarta-feira, 30 de abril, a “Mensagem por ocasião do 1º de Maio de 2025”, Dia da Trabalhadora e do Trabalhador. No documento, inspirado em São José Operário, na Palavra de Deus e na Doutrina Social da Igreja, a presidência da CNBB manifesta sua “solidariedade, proximidade e gratidão às trabalhadoras e aos trabalhadores, da cidade e do campo, por ocasião da Festa do 1º de Maio”.
A mensagem retoma elementos da concepção da economia de Francisco e Clara proposta pelo Papa Francisco e aponta para os ensinamentos do próprio Jesus sobre o trabalho, tendo Ele sido semelhante à humanidade em tudo, inclusive no trabalho passando parte dos anos de vida no trabalho manual e como carpinteiro junto ao seu pai José.
“O trabalho é uma dimensão fundamental da existência humana, possui uma espiritualidade, pois é participação não só na obra da Criação, mas também da Redenção”, diz um trecho da mensagem.
A mensagem celebra as conquistas dos trabalhadores no Brasil, como a redução no índice de desemprego, mas também não deixa de pontuar alguns desafios que ainda continuam como o fato de 40% dos trabalhadores brasileiros estarem trabalhando na informalidade, segundo os dados da PNAD – IBGE de 2025.
“Consideramos prioritário o enfrentamento de desafios, tais como: a proteção social dos trabalhadores de aplicativos; o apoio público ao associativismo cooperativo dos trabalhadores da economia informal e dos terceirizados; políticas públicas de crédito acessível ao cooperativismo rural de orientação agroecológica; o combate ao trabalho escravo e infantil; a inclusão da população migrante no mun postos de trabalho e de direção; a dificuldade da profissionalização dos mais jovens; os preconceitos contra os de mais idade no mundo do trabalho; e as dificuldades com a garantia de uma aposentadoria digna”, aponta o texto.
Ao final da mensagem, a “CNBB, ciente desses desafios e cheia de esperança, caminhando com as trabalhadoras e os trabalhadores, suplica as bênçãos de Deus, pela intercessão de São José Operário e de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, sobre cada um deles, especialmente sobre você e sua família”.
Há vários séculos, a Igreja Católica dedica todo o mês de maio para honrar a Virgem Maria, Mãe de Deus. A seguir, explicamos o porquê.
A tradição surgiu na antiga Grécia. O mês de maio era dedicado a Artemisa, deusa da fecundidade. Algo semelhante ocorreu na antiga Roma, pois maio era dedicado a Flora, deusa da vegetação. Naquela época, celebravam os ‘ludi florals’ (jogos florais) no fim do mês de abril e pediam sua intercessão.
Na época medieval abundaram costumes similares, tudo centrado na chegada do bom clima e o afastamento do inverno. O dia 1º de maio era considerado como o apogeu da primavera.
Durante este período, antes do século XII, entrou em vigor a tradição de Tricesimum ou “A devoção de trinta dias à Maria”. Estas celebrações aconteciam do dia 15 de agosto a 14 de setembro e ainda são comemoradas em alguns lugares.
A ideia de um mês dedicado especificamente a Maria remonta aos tempos barrocos – século XVII. Apesar de nem sempre ter sido celebrado em maio, o mês de Maria incluía trinta exercícios espirituais diários em homenagem à Mãe de Deus.
Foi nesta época que o mês de maio e de Maria combinaram, fazendo com que esta celebração conte com devoções especiais organizadas cada dia durante todo o mês. Este costume durou, sobretudo, durante o século XIX e é praticado até hoje.
As formas nas quais Maria é honrada em maio são tão variadas como as pessoas que a honram.
As paróquias costumam rezar no mês de maio uma oração diária do Terço e muitas preparam um altar especial com um quadro ou uma imagem de Maria. Além disso, trata-se de uma grande tradição a coroação de Nossa Senhora, um costume conhecido como Coroação de Maio.
Normalmente, a coroa é feita de lindas flores que representam a beleza e a virtude de Maria e também lembra que os fiéis devem se esforçar para imitar suas virtudes. Em algumas regiões, esta coroação acontece em uma grande celebração e, em geral, fora da Missa.
Entretanto, os altares e coroações neste mês não são apenas atividades “da paróquia”. Mas, o mesmo pode e deve ser feito nos lares, com o objetivo de participar mais plenamente na vida da Igreja.
Deve-se separar um lugar especial para Maria, não por ser uma tradição comemorada há muitos anos na Igreja ou pelas graças especiais que se pode alcançar, mas porque Maria é nossa Mãe, mãe de todo o mundo e porque se preocupa com todos nós, intercedendo inclusive nos assuntos menores.
Por isso, merece um mês inteiro para homenageá-la.
Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/51897/por-que-maio-e-o-mes-de-maria?#:~:text=A%20tradi%C3%A7%C3%A3o%20surgiu%20na%20antiga,abril%20e%20pediam%20sua%20intercess%C3%A3o.
O Departamento de Celebrações Litúrgicas do Vaticano anunciou os detalhes das exéquias do Papa Francisco. A cerimônia segue as indicações estabelecidas no Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, documento que rege os ritos funerários do Pontífice Romano.
Na quarta-feira, 23 de abril, às 9h (horário local), o corpo do Papa Francisco será trasladado da Capela da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro. A condução da urna será precedida por um momento de oração, presidido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana.
A procissão seguirá pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protormártires Romanos, saindo pelo Arco dos Sinos até a Praça São Pedro, entrando em seguida na Basílica Vaticana pela porta central. Diante do Altar da Confissão, o cardeal camerlengo conduzirá a Liturgia da Palavra, após a qual será aberto o período de visitação à urna mortuária do Papa Francisco.
No sábado, 26 de abril, às 10h (horário local), será celebrada a Missa das Exéquias, que marca o primeiro dia do Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice falecido. A celebração ocorrerá no átrio da Basílica de São Pedro e será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.
Ao final da celebração eucarística, ocorrerão os ritos da Última Commendatio e da Valedictio — despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias. Em seguida, o caixão do Papa será levado novamente para o interior da Basílica de São Pedro e, de lá, transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será realizada a cerimônia de sepultamento.
Diversos chefes de Estado e de governo já anunciaram oficialmente sua presença para prestar homenagem ao Pontífice falecido.
Você que tem filhos, sobrinhos, netos ou vizinhos com idade acima de 07 anos e que não participam da catequese pode matriculá-los para as turmas de catequese deste ano. As inscrições estão abertas na secretaria paroquial e é necessário levar as certidões de nascimento e batismo. Estão abertas também as inscrições para a Catequese para Adolescentes, Jovens e Adultos.
Aqueles que ainda não receberam o sacramento do Batismo e já passaram da idade normal podem se inscrever também e farão a preparação para receberem os sacramentos.
A secretaria paroquial situa-se na rua São Paulo, 3577. tel : 3421-6245 e 98114-4841. Atendimento: 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h30 e aos sábados das 8h às 11h.
Seguindo o trabalho missionário iniciado, neste próximo sábado, 26/04, será realizada a Evangelização nas residências e imóveis comerciais do setor 05. Os missionários se reunirão na residência do Ademir e da Célia, na Rua Amazonas 4089 (entre as ruas Rio de Janeiro e Paraná - fundos da Distribuidora Castelo) para a oração de envio.
Durante a evangelização será realizada a benção das casas e áreas comerciais e sobre os moradores que nelas residirem ou trabalharem.
Se você deseja ser um missionário e participar deste momento de evangelização, entre em contato com a secretaria paroquial - (17) 98114-4841.
A Comunidade Assistencial Irmãos de Emaús ("Casa Abrigo") completou 28 anos de atividade no dia 22 de abril. A data foi marcada com a celebração da Santa Missa pelo Padre Gilmar na entidade e contou com a participação de membros da diretoria, colaboradores, voluntários, assistidos e comunidade em geral.
A entidade foi fundada em 22 de abril de 1997, por membros da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Votuporanga, liderados pelo Padre Edemur José Alves (In-memória) e está localizada na Rua José Messias da Silva, 1.880, Jardim Nossa Senhora Aparecida (atrás do Truck Galego).
A "Casa Abrigo" é uma entidade administrada pelaa Paróquia Nossa Senhora Aparecida e que acolhe pessoas em migração e situação de rua e durante o período de estadia os assistidos prestam atividades laborterápicas em horticultura. Além da colaboração do dízimo paroquial e de verbas governamentais, a entidade conta com o apoio de voluntários e benfeitores que contribuem com doações e recursos para a manutenção das atividades.
Para colaborar com a Casa Abrigo, você pode fazer doações de roupas, calçados, alimentos e itens de higiene pessoal. Além disso,
Mais informações pelo telefone: (17) 3421-6918
“Obrigado por me trazer de volta à Praça.” Entre as últimas palavras do Papa Francisco está a de agradecimento a quem, durante esse período de doença e muito antes, cuidou dele: Massimiliano Strappetti, o enfermeiro que – como ele disse uma vez – salvou sua vida ao sugerir que ele se submetesse a uma cirurgia de cólon e que o Pontífice então nomeou seu assistente pessoal de saúde em 2022. Ao seu lado durante todos os 38 dias de internação no Hospital Gemelli e vinte e quatro horas por dia durante sua convalescença na Casa Santa Marta, Strappetti esteve com o Papa no Domingo de Páscoa, durante a Urbi et Orbi. No dia anterior, eles foram à Basílica de São Pedro para rever o "percurso" a ser feito no dia seguinte, quando Francisco apareceria do balcão central da Basílica de São Pedro.
Depois daquele momento, na manhã de domingo, na sacada central da Basílica Vaticana, quando os 35 mil fiéis iniciais se tornaram 50 mil, o Papa fez uma última e significativa surpresa indo à Praça São Pedro para um giro de papamóvel. Não sem um certo medo inicial: “Você acha que eu consigo?” perguntou ele a Strappetti que o tranquilizou. Daí o abraço à multidão e em especial às crianças: o primeiro giro após sua alta do Hospital Gemelli e o último de sua vida.
Cansado, mas feliz, o Papa agradeceu ao seu assistente pessoal de saúde: “Obrigado por me trazer de volta à Praça”. Palavras que revelam a necessidade do Pontífice argentino — que fez do contato humano direto a marca registrada de seu pontificado — de retornar ao meio do povo.
Francisco descansou durante a tarde e jantou tranquilamente. Por volta das 5h30 da manhã, surgiram os primeiros sinais de indisposição, com a ação imediata de quem o acompanhava. Mais de uma hora depois, depois de ter acenado a Strappetti, deitado na cama de seu apartamento no segundo andar da Casa Santa Marta, o Pontífice entrou em coma. Não sofreu. Foi tudo muito rápido, conta quem esteve ao seu lado nos últimos momentos.
Uma morte discreta, quase repentina, sem longas esperas e sem muito alarde para um Papa que sempre manteve suas condições de saúde em segredo. Uma morte que ocorreu no dia depois da Páscoa, no dia depois de ter abençoado a cidade de Roma e o mundo, no dia depois de ter novamente, depois de muito tempo, abraçado o povo. Aquele a quem, desde os primeiros momentos de sua eleição, em 13 de março de 2013, tinha prometido um caminho “juntos”.
Após o falecimento do Papa Francisco, ocorrido ontem, 21, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) decidiu pela suspensão da 62ª Assembleia Geral da CNBB, até então agendada para o período de 30 de abril a 9 de maio. A nova data será de 15 a 24 de abril de 2026.
O Conselho Permanente realizou uma reunião extraordinária, na tarde de ontem, e decidiu pelo adiamento do encontro para o próximo ano.
A 62ª Assembleia Geral da CNBB será realizada, portanto, de 15 a 24 de abril de 2026, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP).