Dom Roberto Francisco Ferreria Paz

Bispo de Campos (RJ)

Neste quarto domingo da Páscoa, meditamos a figura atraente e fascinante de Cristo como o Bom Pastor, que guarda, alimenta e protege as suas ovelhas. É verdade que esta alegoria é de fundo agrário e rural, não dizendo muito ao habitante da cidade, no entanto a pessoa urbana, necessita mais que ninguém de ser escutada, amada, por alguém que se importa conosco e que nos conhece intimamente.

Quando Jesus se apresenta como a Porta que conduz a salvação, está a afirmar que só por Ele temos acesso ao Pai, e que unidos ao Pastor, teremos vida plena, e viveremos o amor que não passa. O Ressuscitado continua a encontrar-se com seus seguidores e as pessoas que o procuram, especialmente se torna visível na comunidade, nos sacramentos e nos pastores que em seu nome cuidam do rebanho.

Por isso, este domingo celebramos a jornada mundial de oração pelas vocações, para que não faltem nunca pastores com o coração amável e misericordioso de Jesus, que deseja que todas as almas se salvem e retornem a Casa do Pai. Pastores que se doem por inteiro, que amem o seu povo com compaixão e zelos divinos, que promovam a cultura do encontro e da proximidade, trazendo paz, serenidade e luz a vidas aflitas e machucadas.

Apóstolos sedentos de santidade, e missionários da ternura e caridade que tem cheiro de ovelhas, e oferecem o óleo da alegria e da benção. Neste domingo olhamos também com muita gratidão e carinho para nossas queridas mães, elas refletem sem dúvida o carisma cuidador e protetor do Bom Pastor, que nos leva no ombro e no colo, elas nos introduzem no sentido da vida, que será sempre amar e servir com gratuidade e entrega absolutas, como aprendemos no seu regaço.

A mãe é quem mais se parece ao pastoreio compassivo, presente, dedicado e vigilante do Bom Pastor que dá toda sua vida aos seus amados. Que Nossa Senhora Mãe das mães abençoe, ilumine e fortaleça nossas mães, para que possam seguir e testemunhar o amor eterno e infinito do Bom Pastor. Deus seja louvado!