A oração de Jesus por todos nós não cessa, afirma Papa


03/06/2021 - 11:50

“Jesus, modelo e alma de cada oração”. Este foi o tema da catequese do Papa Francisco desta quarta-feira, 2. A Audiência Geral foi realizada no Pátio São Dâmaso, no Vaticano.

Hoje, o Pontífice recorda que os Evangelhos nos mostram como a oração era fundamental na relação de Jesus com os seus discípulos. Isto já é evidente na escolha daqueles que mais tarde iriam ser os Apóstolos. Lucas coloca a eleição deles num exato contexto de oração:

“‘Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles aos quais chamou apóstolos’. Jesus escolhe os apóstolos depois de uma noite de oração”, frisa.

Jesus reza pelos seus amigos

A oração a favor dos seus amigos reapresenta-se continuamente na vida de Jesus, assegura o Santo Padre.

Os Apóstolos, por vezes, tornam-se um motivo de preocupação para ele. Jesus, explica Francisco, como os recebeu do Pai, depois da oração, os leva no seu coração, até com os seus erros, inclusive as suas quedas.

Em tudo isso, o Pontífice destaca que é possível descobrir como Jesus foi mestre e amigo. Ele estava sempre pronto a esperar pacientemente a conversão do discípulo. O ponto mais alto desta espera paciente é a “teia” de amor que Jesus tece ao redor de Pedro.

Na Última Ceia, o Papa recorda que Jesus diz: “Simão, Simão! Olhe que Satanás pediu permissão para peneirar vocês como trigo. Eu, porém, rezei por você, para que a sua fé não desfaleça. E você, quando tiver voltado para mim, fortaleça os seus irmãos”.

O amor de Jesus não cessa

Segundo o Pontífice, “impressiona, no tempo da tentação, saber que naquele momento o amor de Jesus não cessa”.

“‘Padre, se estou em pecado mortal, há o amor de Jesus?’ Sim. ‘Jesus continua rezando por mim?’ Sim. ‘Se eu fiz muitas coisas ruins e muitos pecados, Jesus continua?’ Sim. O amor de Jesus, a oração de Jesus por todos nós não cessa, mas torna-se mais intensa. Estamos no centro da sua oração!”, sublinha.

Segundo Francisco, temos de nos lembrar sempre de que Jesus reza por nós, está rezando agora diante do Pai e lhe mostra as chagas a fim de que o Pai veja o preço da nossa salvação. “É o amor que nos mantém. Que cada um de nós pense: neste momento, Jesus está rezando por mim? Sim. Esta é uma segurança grande que temos de ter”. 

O Papa acrescenta que os grandes pontos de virada da missão de Jesus são sempre precedidos por uma oração. Não de maneira superficial, mas da oração intensa e prolongada. Esta verificação da fé parece ser um objetivo, mas em vez disso é um ponto de partida renovado para os discípulos. A partir daí, o Santo Padre explica que é como se Jesus assumisse um novo tom na sua missão, falando-lhes abertamente da sua paixão, morte e ressurreição.

Rezar intensamente quando o caminho se torna íngreme

De acordo com Francisco, nesta perspectiva, que instintivamente suscita repulsão, tanto nos discípulos quanto em nós que lemos o Evangelho, a oração é a única fonte de luz e força.

“É necessário rezar mais intensamente, cada vez que o caminho se torna íngreme. (…) Jesus não só quer que rezemos enquanto Ele reza, mas assegura-nos que mesmo que as nossas tentativas de oração fossem completamente vãs e ineficazes, podemos sempre contar com a Sua oração. Devemos estar conscientes de que Jesus reza por nós”, sublinha.

O Pontífice conta que uma vez, um bom bispo, num momento muito ruim de sua vida e de grande provação, olhou para cima na Basílica e viu escrito a frase: “Pedro, eu rezarei por você”. “Isso lhe deu força e conforto”, observa.

“Quanto houver uma dificuldade, lembre-se de que Jesus reza por você”. “Mas padre, isso é verdade? É verdade! Ele mesmo o disse”, frisou o Papa. “Não nos esqueçamos de que o que sustenta cada um de nós na vida é a oração de Jesus por cada um de nós, diante do Pai, mostrando-lhe as feridas que são o preço da nossa salvação.”

Mesmo que as nossas orações fossem apenas balbúcies, se estivessem comprometidas por uma fé vacilante, nunca devemos deixar de confiar n’Ele, defende o Santo Padre. “Sustentadas pela oração de Jesus, as nossas tímidas preces se apoiam-se nas asas da águia e elevam-se ao Céu”, conclui.



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