Desequilíbrios aumentam a marginalização, afirma Papa


28/04/2019 - 14:55
Francisco recebeu neste sábado, 27, no Vaticano, 100 presidentes da União das Províncias Italianas

O Papa Francisco encontrou na manhã deste sábado, 27, na Sala Clementina, no Vaticano, 100 presidentes da União das Províncias Italianas. Em seu discurso, ao cumprimentar os presentes, o Santo Padre os agradeceu pela oferta que fizeram à Esmolaria Apostólica para ajudar os mais necessitados.

“Nosso tempo é caracterizado pelo desenvolvimento, cada vez mais rápido, de tecnologias sofisticadas e pelo progresso da pesquisa científica em diversos âmbitos. Isto poderia levar a supor que a ciência, a tecnologia e a livre iniciativa dos indivíduos são capazes de corresponder, eficazmente, com as necessidades da pessoa e da sociedade, impedindo o surgimento de todo tipo de marginalização e dando vida a uma sociedade harmoniosa, sem pobreza e exclusão”, disse Francisco em seu discurso.

Além dos benefícios e desenvolvimentos positivos, nos diversos setores, o Santo Padre chamou atenção para os desequilíbrios que permanecem e até aumentam a marginalização. Para o Pontífice é preciso contribuição e esforço inteligente e solidário de todos para que o problema possa ser solucionada.

“Daqui, a necessidade de um trabalho de grupos e associações da sociedade civil e da ação consciente e constante, em diferentes níveis. As Províncias são expressão de um desses níveis, em que os poderes públicos são estruturados. De fato, surgem da agregação dos territórios, com um tecido histórico e cultural homogêneo, que justifica a sua longevidade e idoneidade”, acrescentou.

As áreas, em que as Províncias da Itália desenvolvem suas competências, são, segundo o Papa, as que cuidam das intervenções em defesa do solo e da consolidação das áreas de risco: viabilidade, grandes centros urbanos e escolas. De acordo com Francisco, elas garantem as condições ambientais necessárias e adotam medidas para evitar a degradação ambiental ou estrutural da Casa Comum.

As Províncias, por causa da sua longa história, – frisou por fim o Papa – devem estar cientes da importância do bem comum, que devem ser mantidos através de projetos e políticas, escolas e estradas seguras. Por isso, exortou:

“Não posso deixar de expressar meu desejo de que todos continuem, com coragem e determinação, seu precioso trabalho, fazendo com que as Províncias sejam um centro propulsor de uma mentalidade, que saiba estabelecer o objetivo de um desenvolvimento realmente sustentável; que sejam inseridas na harmonia da imensa rede de relações e conquistas, proporcionadas pela natureza, pela história, pelo trabalho e pelo engenho das gerações que nos precederam”.



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