Toda violência ao corpo dos mais fracos é uma ofensa a Deus, adverte o Papa


16/04/2018 - 20:22

“O pecado não é provocado pelo corpo, mas pela nossa fraqueza moral”, afirmou o Papa Francisco antes da oração do Regina Coeli, e advertiu que qualquer ofensa deste “dom maravilhoso de Deus”, especialmente dos mais fracos, é uma ofensa a Deus.

O Santo Padre refletiu sobre a passagem do Evangelho em que Jesus ressuscitado apareceu aos seus discípulos, que estavam transtornados porque a realidade da ressurreição para eles era inconcebível. "Eles acreditam ver um fantasma, mas Jesus ressuscitado não é um fantasma, ele é um homem com corpo e alma", indicou.

“A insistência de Jesus sobre a realidade da sua ressurreição - explicou - ilumina a perspectiva cristã sobre o corpo: o corpo não é um obstáculo ou uma prisão da alma. O corpo é criado por Deus e o homem não é completo se não está em união de corpo e alma”.

“Jesus, que venceu a morte e ressuscitou em corpo e alma, nos faz entender que devemos ter uma ideia positiva do nosso corpo. Ele pode se tornar ocasião ou instrumento de pecado, mas o pecado não é provocado pelo corpo, mas pela nossa fraqueza moral”, assinalou o Pontífice ante 30 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Nesse sentido, afirmou que “o corpo é um dom maravilhoso de Deus, destinado em união com a alma a expressar em plenitude a imagem e semelhança de d’Ele. Portanto, somos chamados a ter grande respeito e cuidado pelo nosso corpo e pelo dos outros".

“Toda ofensa, ferida ou violência ao corpo do nosso próximo é uma ofensa a Deus, Criador!”, advertiu o Santo Padre. “O meu pensamento vai em especial às crianças, às mulheres e aos idosos maltratados no corpo. Na carne dessas pessoas, encontramos o corpo de Cristo”.

“Cristo ferido, zombado, caluniado, humilhado, flagelado, crucificado, e Jesus nos ensinou o amor. Um amor que na sua ressurreição, se demonstrou mais poderoso do que o pecado e a morte, e quer resgatar todos aqueles que experimentam no próprio corpo as escravidões dos nossos tempos”, afirmou.

Assim, disse que “no mundo onde muitas vezes prevalecem a prepotência contra o mais fraco e o materialismo que sufoca o espírito, o Evangelho de hoje nos chama a ser pessoas capazes de olhar em profundidade, repletas de estupor e de alegria por ter encontrou o Senhor ressuscitado, pessoas que sabem acolher e valorizar a novidade da vida que Ele semeia na história, para orientá-la rumo aos novos céus e à nova terra”.

Ao finalizar, o Papa pediu que a Virgem Maria nos ampare neste caminho, cuja materna intercessão nos entregamos com confiança.



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